segunda-feira, 4 de junho de 2012

Hipófise & Crescimento folicular


A hipófise ou glândula pituitária, mede pouco mais de 1 centímetro de diâmetro e meio grama de peso e fica localizada em uma região da base do cérebro acima do céu da boca, conhecida como hipotálamo e é a grande  responsável de fabricar as chamadas gonadotrofinas que são substâncias que induzem os ovários a liberar hormônios sexuais que preparam a mulher para a reprodução e amadurecem os óvulos;


o ciclo feminino inicia na verdade, no cérebro;
o hipotálamo produz o hormônio liberador da gonadotropina (GnRh), que vai até a hipófise e determina a produção do FSH - hormônio folículo-estimulante;
o FSH entra na corrente sanguínea e chega nos ovários, estimulando o amadurecimento de aproximadamente 15 folículos, contendo óvulos;
o folículo dominante, como o nome diz domina a situação e se desenvolve mais rápido que os outros;
o FSH também estimula os ovários a produzir estrogênio. Esse hormônio incentiva os óvulos a amadurecer e determina que o revestimento interno do útero fique mais espesso, para que possa abrigar um eventual óvulo fertilizado.
Crescimento folicular
Os folículos ovarianos participam de 3 etapas:  folículos primários, folículos   secundários e  folículos maduros;


os folículos primários possuem um ovócito primário rodeado por uma camada única de células foliculares cúbicas (unilamelar);
ao redor destes folículos as células do estroma, formam outra camada, a teca interna e as células que a formam, produzem esteróides a partir do colesterol;
grande parte dos androgênios migra para o interior das células foliculares e estas os convertem em estrogênios, sendo liberados nos vasos sangüíneos da teca interna;
vários folículos  entram em maturação durante o ciclo menstrual, influenciados pelo FSH - hormônio folículo-estimulante.;
o ovócito primário inicia um aumento volumétrico, sendo rodeado por uma camada glico-proteica, chamada zona pelúcida;
no início a zona pelúcida é rica em proteínas;
com o passar dos dias vai aumentando a quantidade de glicídeos, as células foliculares que a envolvem estão presas na zona pelúcida, (camada de células que acompanha o ovócito após a ruptura folicular) passando a folículos secundários, em crescimento (multilamelar);
esta região produzida pelo ovócito e pelas células foliculares ao seu redor  formam a corona radiata;
algumas glico-proteínas existentes na corona radiata são receptoras (etapa da fertilização);
o folículo cresce devido à intensa atividade mitótica que ocorre nas células foliculares, provocando uma intensa atividade de síntese hormonal;

o folículo maduro é o mais volumoso de todos e contém grande quantidade de líquido;
é também chamado folículo pré-ovulatório e próximo à ovulação  atinge o diâmetro máximo de 2 a 2,5 cm, aumentando a superfície do ovário;

o epitélio superficial do ovário sofre alterações morfológicas;
o ovócito fica preso à parede do folículo formando a membrana granulosa;

o desenvolvimento deste ovócito completa a I fase da meiose;
inicia a segunda divisão meiótica, passando a ovócito secundário;
a II fase da meiose só acontece com o estímulo do espermatozóide;
a ovulação geralmente ocorre 10 à12 horas após o pico de LH -hormônio luteinizante ;

a ovulação ou ruptura folicular é o processo  de ruptura da parede folicular; o ovócito secundário e as células da corona radiata se despreendem e são liberados;

ocorre de 13 a 16 dias antes da menstruação, aproximadamente no meio do ciclo menstrual;
consiste na liberação do ovócito secundário, que é captado pelas fímbrias da tuba uterina;
as células restantes da teca interna e das células foliculares se transformam em corpo lúteo ou corpo amarelo, tornando-se  importante fonte de hormônios esteróides, principalmente progesterona e estrogênios, fundamentais para a implantação do ovo no endométrio;
na ovulação, os folículos daquele ciclo, que entram em e não são estimulados pelo FSH entram em degeneração;
nos homens os 2 hormônios trabalham juntos, ao mesmo tempo:
o FSH forma os espermatozóides  e
o LH estimula os testículos a fabricar testosterona;
nas mulheres o FSH entra na primeira metade do ciclo, para induzir os ovários a produzir estradiol, que amadurece o óvulo;
aumenta o nível de estradiol até que o óvulo esteja maduro e pronto para ser liberado;
ao ser liberado o óvulo, a hipófise encerra a produção de FSH e inicia a produção da segunda gonadotrofina: o LH;
o LH - hormônio luteinizante,  ajuda o óvulo a romper o folículo e ser absorvido pela tuba, que já deve estar encostada no ovário aguardando o óvulo;
quando há fertilização os níveis de progesterona continuam altos e o corpo lúteo continua “trabalhando”;
quando não há fertilização, ou não se dá a implantação o óvulo começa a se desintegrar, diminuindo o corpo lúteo, despencando o nível de estrogênio e progesterona;
o revestimento interno do útero produz prostaglandina, que modifica a irrigação sanguínea do endométrio, provocando contrações e algumas vezes cólicas, para expulsá-lo;
o óvulo é eliminado com o revestimento do útero pela menstruação iniciando novo ciclo;
quando a mulher tem mais idade e ainda ovula, a glândula pituitária continua a lançar as gonadrotofinas na circulação para dar início ao ciclo ovulatório;
 mas os folículos não amadurecem e os níveis de estradiol, não se elevam ao ponto de avisar a hipófise a parar a produção de FSH e começar a de LH;
assim, num esforço para conseguir amadurecer os folículos ovarianos existentes, a hipófise reage, aumentando a produção de FSH elevando a chance de conseguir liberar o óvulo para 50%;
insistindo na super produção de FSH, a hipófise  com ou sem óvulo, libera na corrente sanguínea o LH -hormônio luteinizante até a menstruação, mas a produção anormal de FSH ao longo da pré menopausa, causa um choque no corpo da mulher ;
a produção de LH permanece estável nesse período;
entre as principais consequências do desequilíbrio hormonal estão as alterações na temperatura , as ondas de calor e os suores noturnos;
podendo também desenvolver problemas gastrointestinais, dores musculares e dores nas juntas.

                           *** Curiosidade ***
 Os folículos ovarianos podem ser grosseiramente comparados
 a uma cebola e suas finas camadas , que no caso do ovário são removidas
 mês a mês, diminuindo gradativamente como na cebola, seu tamanho e
quantidade até chegar finalmente próximo ao seu miolo, não restando
mais camadas.

            cebola

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