sexta-feira, 29 de junho de 2012

qualidade & quantidade dos óvulos



a mulher têm um número limitado de óvulos no ovário que poderão ser fertilizados; 

mas mesmo que haja uma alta quantidade de óvulos infelizmente não determina o seu grau de fertilidade, é necessário que a qualidade destes óvulos seja de muito boa à excelente, tipo classe “A”; 

resumindo, a combinação resultante da quantidade de óvulos mais a sua qualidade é conhecida pelo nome de “reserva ovariana”;

para ter qualidade e ser saudável o suficiente para evoluir, o óvulo necessita  cromossomas adequados e  capazes de se combinar geneticamente com os cromossomas masculinos;

os óvulos devem possuir mitocôndrias no núcleo da célula, que são pequenas organelas responsáveis ​​por fornecer energia suficiente para sua sobrevivência e para a divisão celular, pós fecundação;

conforme a mulher envelhece, a produção de mitocôndrias e o fornecimento de energia ficam cada vez menor e conseqüentemente o óvulo mesmo que fertilizado não teria energia  suficiente para se dividir e até mesmo de sobreviver;

a qualidade de seus ovos está diretamente relacionada à sua idade e  aos 40 anos provavelmente os seus ovos de má qualidade superem os saudáveis;

infelizmente as mulheres mais jovens também podem enfrentar o fato de ter uma reserva ovariana pobre, devido à  fatores genéticos ou de saúde;

o fumo, as drogas em geral, a  radioterapia, a quimioterapia, a endometriose entre outras causas podem afetar a qualidade dos óvulos; 

mulheres entre 15 e 25 anos de idade têm 40% de  chance de engravidar durante cada ciclo já as  com mais de 40 anos no entanto, tem menos de 25% de chance de engravidar naturalmente; 

pode-se  recorrer à fertilização in vitro para ver se os óvulos têm a capacidade de crescer e se desenvolver; 

mas  há alguns novos testes desenvolvidos especificamente para avaliar a qualidade dos óvulos e são eles:
  • Análise e revisão de FSH no Terceiro Dia: mede os níveis de FSH em seu corpo. níveis elevados podem indicar má qualidade;
  • Teste de Tolerância Clomid (CCCT, sigla em Inglês): busca e analisa o FSH e o estradiol no organismo. 

os medicamentos utilizados para tratar a infertilidade mais utilizados são à base de clomifeno mas existe também à base de bromocriptina, de qualquer forma devem ser tomados somente com prescrição médica.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Dinâmica folicular




O processo de atresia folicular se dá devido à redução de receptores para o hormônio folículo estimulante;
os estrógenos, em um processo chamado “retroalimentação negativa” atuam sobre o FSH inibindo assim o desenvolvimento de todos os folículos, permanecendo somente o folículo dominante;
o folículo dominante passa a produzir seu próprio estrógeno;
pode acontecer que a quantidade de estrogênio produzida pela mulher não seja suficiente, o que não permitiria o desenvolvimento do folículo, mesmo sendo o dominante;
pós rompimento folicular, quem precisa dos receptores é o hormônio luteinizante LH e o seu antecessor LSH é quem induz estes receptores;
nesta fase, concentrações elevadas de estrogênio estão “sobrando”, facilitando a formação dos receptores para a liberação de LH;
a inibina, uma glicoproteína secretada pelos ovários, inibe o LSH, fator que também contribui para o ápice do estrogênio e consequentemente a maturação folicular;
entre 24 a 48 horas antes da ovulação ocorre um aumento de progesterona
e entre 12 a 24 horas antes da ovulação a progesterona atinge seu ápice;
por ter uma estrutura semelhante ao estrogênio a progesterona se liga facilmente aos receptores do estrógeno;

DINÂMICA FOLICULAR
 1 a 2 dias após a ovulação, vários folículos primordiais passam para folículos primários e iniciam crescimento, devido ao aumento de FSH e estradiol.
no 1º estágio, conforme aumenta o nível de estradiol, aumenta o FSH;
no 2º estágio, ocorre a diminuição de FSH porque cresceu o folículo e aumentou a concentração de estradiol;
os maiores folículos são selecionados e os menores regridem;
um dos folículos torna-se dominante  e passa a produzir inibina, que é um hormônio que  inibe a proliferação dos folículos, liberando também a produção de FSH;
o aparecimento da progesterona implica na liberação de LH, que impede a ovulação;
o folículo dominante que necessita de LH continua crescendo e produzindo estrógeno;
o LH é degradado em aproximadamente 15 minutos, tornando baixa sua concentração média no sangue;
se diminui a progesterona o estradiol dá um retorno positivo para o LH;
o intervalo de LH diminui e a concentração de LH aumenta;
com um nível alto de estradiol, a diminuição da  progesterona e aumento do estrógeno ocorre o pico pré-ovulatório;
com o pico de LH, aumenta o líquido do folículo e ocorre a produção de hialuronidase que dissolve o ácido hialurônico  e ocorre o rompimento do folículo;  
com o aumento da concentração de progesterona, o padrão de secreção de LH altera, provocando atresia do folículo dominante;
este folículo dominante entra em atresia iniciando novo processo folicular;